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20/04/2016

Economista debate desafios do MP diante dos conflitos atuais

 
O economista Sérgio Besserman fala sobre os desafios do ministério público
 

 

O Instituto de Educação e Pesquisa do Ministério Público do Rio de Janeiro- IEP/MPRJ, braço acadêmico do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional-CEAF, realizou, na tarde dessa segunda-feira (18/04), no edifício-sede do MPRJ, o segundo encontro do Grupo de Estudos e de Pesquisa "O Ministério Público Contemporâneo" acerca do tema "Desafios do Ministério Público diante dos Conflitos Atuais". Coordenado pela procuradora de Justiça Denise Tarin, o encontro contou com palestra do economista Sérgio Besserman, presidente do Intituto de Urbanismo Pereira Passos (IPP), centro de referência de dados e conhecimento sobre a cidade do Rio de Janeiro.

Besserman compreende o cenário social e politico da sociedade contemporânea, sob a perspectiva da História enquanto ciência. O economista afirma que o recente sistema escravagista brasileiro é a grande causa da nossa desigualdade e que nós, ainda, temos "contas a acertar". Ele destaca que é necessário repensar a ocupação da cidade que empurra os pobres para locais mais baratos e perigosos e que a nossa vulnerabilidade urbana só aumentará com as mudanças climáticas, que demandarão muitos recursos públicos para a adequação e adaptação a que seremos forçados num futuro próximo.

Para o economista, saneamento básico é um dos problemas mais urgentes, visto que a sua falta importa, comprovadamente, no comprometimento da saúde da população fluminense, especialmente das crianças.

Questionado sobre sua visão do MPRJ atual, Besserman acredita ser esta a instituição que participa com maior eficácia das questões que afetam o coletivo. "O MP é uma ferramenta de transformação e tem, seguramente, a confiança da sociedade, coisa escassa no Brasil nos dias de hoje", concluiu.

A procuradora Denise Tarin destacou que o encontro, que durou duas horas e meia, foi importante diálogo reflexivo e serviu como instrumento para aperfeiçoar a atuação do MPRJ. "Os problemas mudaram, mostram-se mais complexos, o que nos impõe um pensar coletivo, já que as soluções passam por uma ação integrada e articulada entre diversas áreas de atribuição. "A atuação isolada de um procurador ou promotor, em breve, ficará no passado. Precisamos antever a mudança e nos preparar pra ela", finalizou Tarin.