Breadcrumb Breadcrumb

Publicador de conteúdo web Publicador de conteúdo web

02/09/2016

Encontro discute gestão do conhecimento e lança plataforma digital 'MP em Mapas'

 
Apresentação do projeto


 
Visão do auditório


 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) sediou, nesta sexta-feira (02/09), o encontro de trabalho "O MPRJ e a Construção de uma Inteligência Coletiva". O evento apresentou a procuradores, promotores de Justiça e servidores o projeto "MP em Mapas", uma plataforma digital, que reúne informações sociais, institucionais e administrativas relacionadas à atuação do MP. Antes da apresentação da plataforma, os convidados Marcos Cavalcanti, coordenador do Centro de Referência em Inteligência Empresarial (CRIE/COPPE/UFRJ), e o economista Sérgio Besserman palestraram sobre gestão do conhecimento e planejamento, ética e eficiência no setor público.

O dispositivo foi apresentado pelo subprocurador-geral de Planejamento Institucional, Eduardo Gussem, idealizador da ferramenta, e pelo subprocurador-geral de Justiça de Administração, Eduardo Lima Neto, com o apoio da equipe do MP em Mapas e da Coordenadoria de Planejamento Institucional (Codplan).

Ordenamento urbano, saneamento, sustentabilidade, mobilidade e resiliência frente às adversidades são algumas destas áreas.

 

Palestras

Transparência, dados abertos, informação compartilhada e de livre distribuição, fortalecimento da democracia e da cidadania, construção de redes foram alguns dos conceitos usados pelo professor Marcos Cavalcanti para explicar a atual sociedade digital e a economia do conhecimento.

Segundo ele, o projeto "MP em Mapas" surge por uma necessidade da sociedade moderna. "A reunião dessas informações possibilitará aos cidadãos do Rio de Janeiro a exercer sua cidadania com mais eficiência. Não conheço base de dados como a que está sendo montada aqui. É uma oportunidade para trazer a importância dos dados abertos para a prática. Um projeto como esse é capaz de influenciar outras instituições no país", afirmou.

Cavalcanti disse que o projeto consegue reunir uma quantidade de informações de diferentes atores sociais, até então desconectadas e dispersas, em um mesmo local. Assim, permite a análise de padrões que podem relacionar um crime a questões de família e educação em uma região, o que possibilita uma atuação "que não será a posteriori para condenar ou punir, mas a priori, para prevenir".

Sérgio Besserman relembrou a noção que existia no passado entre o poder e o sigilo e o controle de informações. A transparência, segundo ele, vem afetando a relação da sociedade com o poder. O economista afirma que o Ministério Público será um ator fundamental na tarefa de usar ferramentas como essa para aplicar, não só na defesa dos direitos do cidadão, mas também no aprimoramento da democracia no país. "Para enfrentarmos a desigualdade, nós precisamos desse conhecimento produzido por vocês", concluiu.

Eduardo Gussem explicou que a ferramenta insere o promotor de Justiça no contexto da sua área de atuação e permite que ele desempenhe ações preventivas, além da busca de informações de apoio à atividade-fim. Também apontou opções de interatividade e chats temáticos.

Para Eduardo Lima Neto, a plataforma também permitirá que o MP olhe para si, a partir de diagnósticos administrativos. A Administração Superior, coordenadores, supervisores e gerentes poderão analisar de que forma os recursos financeiros, materiais e humanos são empregados e adotar melhores práticas.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Infância e da Juventude, Marcos Fagundes; a coordenadora da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, Elisa Fraga; e o coordenador do Centro de Apoio das Promotorias de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente, Marcus Leal, apresentaram projetos integrados à ideia do banco de dados. Sistemas que permitem subsidiar a reunião de dados e provas para que o promotor de Justiça planeje sua atuação.

O procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, encerrou o evento afirmando que o MPRJ entra na era digital, colocando à disposição dos membros e da sociedade um poderoso arsenal de informações que será, em breve, indispensável ao exercício funcional.

O encontro contou ainda com o lançamento do aplicativo MPRJ em Mapas (Veja aqui mais detalhes).

 

Repercurssão

"Conheci o projeto na fase inicial, quando assisti a uma apresentação do procurador de Justiça Eduardo Gussem e, mais adiante, participei da apresentação da nova ferramenta para os conselheiros do CNMP. Hoje, durante o evento, tive uma ideia real da dimensão e da importância do programa que vai permitir a cada um dos membros exercerem suas atribuições constitucionais. Com certeza, será um instrumento essencial para que os promotores e procuradores possam cumprir o mandato social outorgado ao Ministério Público", Antônio Carlos Biscaia, assessor criminal do MPRJ.

"O novo aplicativo, funcionalmente, será fundamental para o trabalho do GAECO, pois ajudará na pré-localização das Estações de Rádio Base, auxiliando na trajetória do criminoso. A nova ferramenta também contribuirá para o levantamento das estatísticas da violência", Cláucio Cardoso, coordenador do GAECO.

"Importante ferramenta de integração que vai beneficiar os membros que atuam no primeiro e no segundo graus", procuradora de Justiça Lilian Pinho, da 2ª Procuradoria de Justiça da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça.

"Comentei com meus colegas que percebi a ferramenta como algo revolucionário em todas as áreas de atuação. Na Tutela Coletiva, por exemplo, na área ambiental ou de urbanismo, a plataforma permite uma proatividade cada vez maior do promotor de Justiça, na medida em que propicia o amplo conhecimento dos problemas de uma determinada região, antes mesmo da chegada de representações. Dessa forma, a proatividade, que sempre foi uma qualidade marcante do Ministério Público do Rio de Janeiro, ficará ainda mais incrementada", promotor de Justiça substituto Pierre Oliveira Batista.